Ouve-me.
Se um dia os espaços cederem, perdoa-me.
Se for levado ao sono num vibrar imenso, perdoa-me.
Hão de haver pássaros em susto a cruzarem o céu no fim de todas as noites.
…a dispersão.
Vejo-me de dorso curvado, cravado de estrelas, narinas dilatadas a expelir poeiras luminescentes, peito a expandir e contrair com uma violência métrica…
Silencio!
Ouve-me!
Perdoa-me, mas o eterno é limitado à circunferência dos meus Demónios, não há outro lugar onde se contenha. Difere tudo, tão-somente, no pormenor de em interna confidência eu lhes ter jurado que agora não se trata de quem vai ceder, mas sim, que se não cederem me perdem. Eles antes de ti.